domingo, 11 de novembro de 2007

Dominio da vida!



No infinito domínio da vida, sob a nossa condição, enfraquecida de ser humano, sinto o medo estranho, da decadência animal.
Sinto o pânico por entre as veias que palpitam de emoção e que estremecem de nervosismo, o simples acto da não evolução e ficar perdida assim, entre lembranças passadas e sentimentos vividos de uma maneira única e exclusiva.
E parar no tempo como se ele me impedisse de progredir, quero ser mais, anseio pelo valor da idade e da experiência, quero as rugas na cara, mas quero sobretudo crescer, aprender infinitamente e sentir-me pronta a encarar a vida olhos nos olhos. Quero esmaga-la contra o chão e mostrar quem manda. 
Mas a verdade é que o estímulo teima em desaparecer, em esfumar-se perante o sol e eu na estúpida tentativa de o agarrar entre os dedos deixo-me cair redonda no chão. E sangro ao ver como sou tão inútil, como a vida brinca comigo sem deixar sequer eu brincar com ela. Deixo-me varrer pela angústia que cruelmente me é imposta sem sequer possuir argumentos suficientemente fortes para me fazer valer!
Juliana Ferreira

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