os ruídos que se fazem ouvir, fazem temer
e a vontade de desistir e cada vez maior.
A escuridão tapa-nos a vista e faz prever
as trevas que nos ameaçam.
Os pés gelam do frio e as pernas tremem de medo,
os olhos arregalados e escuros, ficam atentos a cada ruído
que o ouvido escuta, a boca transpõe suspiros de angústia,
e o corpo anoréctico luta contra a vontade de parar.
Quando decidimos percorrer este caminho
é-nos dado uma vela, uma luz, que nos ilumina e conforta,
a vela é pequena, e o pavio curto, é necessário protege-la
do vento que se faz sentir a cada passo dado, e da noite escura,
que com ela traz pequenas gotas de água, como se chorasse desesperadamente.
É preciso proteger a vela, acima da nossa protecção,
quem a perder, arrisca-se a emaranhar-se no labirinto da vida,
e morrer sem nunca encontrar o sol que a pequena vela sempre prometeu.
Juliana Ferreira
Juliana Ferreira
Sem comentários:
Enviar um comentário