segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Amor


"Não sei por que te amei este modo tão improvavel de amar, ao primeiro olhar. Sorriste, lembras-te?, como uma vaga que arrasta tudo em redor e não reparaste sequer em mim. Nesse instante descobri que o que procurava estava ali a dois passos, em ti- eras tu. Poderia ter evitado tudo isto, ignorar que te vi, fazer parar a vida. Mas, dessa vez, fui no teu encalço sem me interrogar se devia. Era a minha vez.
Antes de te encontrar, julgava que tinha de haver em cada amor uma razão que fosse essencial conhecer. Mais tarde dei-me conta de que, afinal, o mais belo amor é o que não tem nenhuma. Basta um corpo, um sorriso, uma forma qualquer de estar, para ele acontecer.
Hoje sei que o que importa quando se ama é amar simplesmente, amar sempre, à revelia das razões que estorvam, dos medos que proibem. É esse o mais belo amor, de onde vem, para onde me leva, já não quero saber"


Rui Vicente

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