domingo, 15 de julho de 2007

As vezes acontece!


E sentada na cama, aconchego-me, apertando com força o peito na tentativa de controlar tudo que se passa.
Sinto-me no abismo, inconsolavel de me sentir só!
Não há nada que me ilumine com a força necessária para sair de lá, e fazendo-me de forte ignoro tudo o que se passa a minha volta.
Abri de novo o meu mundo pra o mundo e sinto com toda a convicção que foi um erro. Julguei-me preparada, quando na realidade, tento contruir uma personagem que ainda só tem corpo, faltando-lhe o essencial, a alma!
Sinto-me esbarrar naquele muro, que sempre me impediu de alcançar a luz, por qual tanto procuro, e sozinha, tento subi-lo, salta-lo num desespero que me vai consumindo.
Não sei nada, nem o que se passa, não sei se é alegria ou tristeza, se é dor ou angustia, se é felicidade ou incerteza, de um futuro que tenho tanto medo, de não conseguir suportar.
E agora sozinha no meu quarto, dou conta do monstro que tenho debaixo da cama, fazendo parte da minha vida,o medo da felicidade.



Juliana Ferreira

3 comentários:

Diogo Vaz Pinto disse...

Muito bem escrito!

Diogo Vaz Pinto disse...

Escrever para mim é terapêutico.
Acho que tu te vais dar muito bem.

Diogo Vaz Pinto disse...

"E agora sozinha no meu quarto, dou conta do monstro que tenho debaixo da cama, fazendo parte da minha vida,o medo da felicidade."

muito muito bom!